quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Trensurb prepara a licitação para comprar 15 novos trens

30/08/2012 - Jornal do Comércio - RS

De acordo com as projeções divulgadas pela Trensurb, a compra das novas composições irá demandar a aplicação de R$ 220 milhões até 2015

Setembro. Essa é a previsão do diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper, para a publicação do edital de aquisição da nova frota de trens metropolitanos (trens unidade elétrica, TUE no jargão técnico). A proposta da empresa incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Compras Governamentais prevê que a empresa vai adquirir no Brasil 60 novos carros, que irão compor 15 trens.

“Essa ampliação da frota faz parte da política do governo federal de injetar recursos na indústria brasileira, por isso a licitação será direcionada aos fabricantes nacionais de trens e exigirá um índice de 60% de nacionalização, quer dizer que 60% dos componentes utilizados nos vagões precisam ser fabricados no País”, explicou Kasper.

De acordo com as projeções divulgadas pela Trensurb, a compra das novas composições irá demandar a aplicação de R$ 220 milhões até 2015, mas a previsão é de que o primeiro dos novos veículos seja entregue em 18 meses após a assinatura do contrato com o vencedor da licitação – na estimativa de Kasper, esse prazo será alcançado no primeiro semestre de 2014, antes da realização da Copa do Mundo de Futebol.

A expectativa do gestor é assinar o contrato com o fabricante dos trens até outubro deste ano e, após o recebimento do primeiro veículo em 2014, dois trens devem ser entregues a cada mês. “Não existe trem pronto. Como toda a estrutura complexa, a fabricação de um trem envolve o projeto, a montagem da planta industrial específica para atender a essa encomenda e a compra dos componentes”, detalhou.

A Trensurb já determinou, no documento de especificação dos novos trens publicado no site da empresa, que os veículos tenham capacidade nominal para 270 passageiros, considerando a densidade de 20% das vagas para passageiros que viajam sentados e a possibilidade de transportar até seis passageiros em pé por m2. Segundo Kasper, a sensação de conforto de quem viaja será ampliada pela climatização dos vagões e pela distribuição interna dos bancos.

O executivo afirmou, ainda, que a empresa recebeu outros R$ 40 milhões, também de verbas do PAC, para a reforma da atual frota, que circula desde a instalação da empresa, na década de 1980. Os trens antigos serão remodelados para dar maior acessibilidade a usuários de cadeira de rodas e serão equipados com ar-condicionado e um novo sistema interno de comunicação.

Uma das exigências principais, na preparação para a publicação do edital de licitação, foi cumprida no início do mês, com a realização de uma audiência pública para debater a execução do investimento. Na audiência, ocorrida no dia 2 de agosto, na sede da empresa, em Porto Alegre, foram detalhados os critérios técnicos e administrativos que serão incluídos no edital.

A participação dos concorrentes está condicionada à experiência anterior na fabricação e no fornecimento de trens de aço inox no mercado nacional, e o edital também não permitirá a participação de consórcios – “uma forma de preservar a promoção do desenvolvimento nacional sustentável”, segundo a Trensurb, que considera a capacidade instalada da indústria nacional. O prazo para apresentação dos projetos será de cinco dias úteis a partir da publicação do edital.

Ampliação da linha deve atrair 30 mil novos usuário - O militar aposentado Juvêncio Silva de Mello, morador de São Leopoldo, dá graças a Deus por não precisar pegar o trem nos horários de pico. “O movimento já aumentou muito e, com a abertura das novas estações em Novo Hamburgo, vai aumentar mais ainda. De manhã cedo já não tem como conseguir lugar para sentar”, disse ele. A reclamação tem sido frequente entre os usuários do trem metropolitano, que neste ano inaugurou duas novas estações e até abril do próximo ano prevê a inclusão de mais três paradas no trajeto – que irá se estender de Porto Alegre até Novo Hamburgo.

Com isso, a Trensurb espera um incremento de 30 mil usuários por dia ao contingente de 180 mil passageiros que já usam o transporte ferroviário. A demanda será potencializada pela integração entre o trem metropolitano e os transportes coletivos municipais e intermunicipais do Vale do Sinos, que deixarão de vir até Porto Alegre por rodovia. Quem explica é o diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper: “A estação Fenac, que entrará em operação no ano que vem, será uma estação importantíssima, tanto porque vai integrar com a Fenac, quanto porque vai ter integração com a rodoviária de Novo Hamburgo, que recebe os ônibus de toda a região.”

O gestor explica que, assim, os municípios de fora da Região Metropolitana poderão deixar de enviar ônibus até a Capital. “É uma experiência que já tivemos com a Viação Montenegro, que optou pela integração e acertou com o Daer para não trazer a maioria dos ônibus até o Centro da Capital, já que a empresa não embarca mais ninguém ao longo da BR-116 (porque não tem autorização para isso na operação de atende Montenegro). Então ela integra com o trem na estação São Leopoldo e, com isso, houve redução de quilometragem para eles, o que levou à redução de custo e do congestionamento na BR-116. O usuário também se beneficiou, porque a empresa conseguiu reduzir a tarifa e a viagem até Porto Alegre ficou mais rápida.”

Kasper estima que, se bem aproveitado, o potencial da integração com a rodoviária de Novo Hamburgo pode levar a uma redução de tráfego importante na BR-116. Ele afirma que é possível direcionar para o trem, inclusive, os passageiros que vêm da Serra gaúcha para a Capital. Outro ponto de integração, desta vez com a rede de transporte coletivo municipal de Novo Hamburgo, será feito na estação terminal da expansão do Trensurb, a estação que vai levar o nome da cidade.

“Esse aumento no número de usuários, previsto em 30 mil pessoas, já inclui essas integrações. Estamos trabalhando para que, nos novos trens e, com a reforma dos veículos atuais, o passageiro perceba um aumento do conforto. Mas o fato é que o transporte ferroviário de passageiros, feito nas regiões metropolitanas do mundo todo, é voltado para o transporte das pessoas em pé. Entendemos a reclamação. Principalmente no verão, com o calor e a umidade, é ruim mesmo. Por isso estamos investindo na climatização dos vagões”, ponderou.

Nas palavras do aposentado Juvêncio Mello, até a entrada em operação dos novos trens, todas as estações ficarão como a Mathias Velho (uma das mais movimentadas da linha). A comerciante Clara Fornasier, que usa o trem diariamente para ir de Canoas a Sapucaia, faz eco: “todo mundo reclama muito”.

Reforma ampliará em 20 anos vida útil da frota atual - Os 25 trens japoneses, de quatro carros, que operam a linha da Trensurb desde a inauguração do serviço, em 1985, terão suas vidas-úteis ampliadas em pelo menos 20 anos com a reforma prevista pela empresa – que fará adequação dos veículos aos novos padrões de acessibilidade, climatização e comunicação interna. Isso porque, como explica Kasper, “a manutenção é boa e bem avaliada”. O gestor diz que, ao contrário dos boatos, os trens não são considerados velhos ou foram descartados como sucata em outros países. “É claro que os trens estão dotados de uma tecnologia do início dos anos 1980 e que de lá para cá houve muitos avanços. Mas em lugar nenhum do mundo se considera descartar um patrimônio como esse. O que se faz é o que faremos aqui, adequar os veículos aos padrões atuais e seguir usando eles por muitos anos ainda.”

Kasper lembra que, no sistema de transportes de Tóquio, existem trens muito mais antigos do que os de Porto Alegre e que os fabricantes japoneses têm nos serviços da Trensurb seu centro de referência para a América do Sul e África. “Nunca tivemos problema de falta de peças de reposição, nem precisamos fazer ‘canibalismo’ dos trens para dar manutenção. Pelo contrário, não só seguimos sendo abastecidos pelos fornecedores japoneses como viemos ao longo dos anos desenvolvendo uma rede de fornecedores brasileiros.”

Ele conta, ainda, que o sistema implantado no Estado é extremamente seguro. Sinais elétricos impedem que uma composição invada um trecho de linha ocupado por outra. Essa trava mecânica faz com que os trens passem, no máximo, a cada três minutos nas estações – o que em alguns horários é mal visto pelos usuários – mas é mais seguro, garante Kasper. “O intervalo mínimo era de quatro minutos. Conseguimos baixar um pouco, mas a preocupação sempre é com a segurança. Existem outros sistemas em uso em outros lugares, baseados em GPS, mas ainda não nos sentimos confortáveis para mudar. Os japoneses não abrem mão desse sistema antigo que temos aqui”, observou.

Expansão da linha foi prevista nos anos 1970 - A interligação do Vale do Sinos com Porto Alegre pelo trem metropolitano, que entrará em plena operação apenas no ano que vem, já estava planejada quando a Trensurb foi instalada. O projeto foi feito pelo Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes (Geipot), nos anos 1970. “Essa é a terceira etapa”, explica o diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper. Na etapa inicial do projeto, o trem ligava Porto Alegre a Sapucaia do Sul. Na primeira extensão, a linha foi ampliada até São Leopoldo e, agora, foram construídas cinco novas estações para que o trem chegue a Novo Hamburgo. São mais 9,3 quilômetros de trilhos. A licitação foi feita em 2001, mas, como explica Kasper, houve uma necessidade de “deslinde jurídico” para que a obra fosse iniciada.

Os trabalhos começaram em fevereiro de 2009 e estão quase concluídos. O último relatório da Trensurb mostra que mais de 90% das obras físicas estão prontas, inclusive com a inclusão da estação Industrial, que originalmente não seria feita. Entre 2008 e 2012, a ampliação recebeu R$ 866 milhões em investimentos. Além do trecho e das estações, a obra demandou a drenagem de um arroio (em Novo Hamburgo), a construção de rodovias alternativas na lateral da ferrovia para ligar São Leopoldo a Novo Hamburgo, e o reassentamento de 790 famílias. Com as obras e repasses complementares (que não fazem parte do orçamento da expansão em si), Kasper estima que até 2012 tenham sido movimentados R$ 930 milhões, com recursos provenientes do PAC 1 e do PAC 2.

Apesar de inicialmente o contrato prever a inauguração das novas estações somente no final da obra, a Trensurb acabou antecipando a entrada em funcionamento das estações Rio dos Sinos e Santo Afonso (4,3 quilômetros de trilhos) – o que permitiu os ajustes na operação que, na avaliação de Kasper, foram muito importantes. “Essa é uma das obras mais eficientes do PAC no País. Considerando as margens de erro normais, estamos executando 100% no prazo, que é de quatro anos para a conclusão”, comemorou.

Trensurb conclui 92% da expansão

28/08/2012 - Revista Ferroviária

Obra da futura Estação Novo Hamburgo
A Trensurb já concluiu 92% das obras da expansão Norte do metrô. Estão sendo instaladas as vigas pré-moldadas do elevado metroviário na futura Estação Novo Hamburgo.

As obras compreendem a segunda fase da expansão da Linha 1 do metrô, com 4,4 km de via elevada e três estações (Industrial, Fenac e Novo Hamburgo). A primeira etapa da expansão, com 4,9 km de via elevada, duas estações (Rio dos Sinos, em São Leopoldo, e Santo Afonso, em Novo Hamburgo) e duas pontes (metroferroviária e rodoviária) foi inaugurada em 2 de julho.

O empreendimento prevê, no total, mais 9,3 quilômetros de Linha 1, atingindo 43 km de extensão, de Porto Alegre a Novo Hamburgo. Todo o trecho é em elevado e conta com cinco novas estações, as duas primeiras já em operação – Rio dos Sinos e Santo Afonso. As demais Industrial, Fenac e Novo Hamburgo, no município hamburguense. O Consórcio Nova Via – constituído pelas empresas Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Toniolo/Busnello e T’Trans – é o responsável pela execução da obra. O projeto é orçado em R$ 938,2 milhões.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Comitê aprova modelagem financeira para o metrô

17/08/2012 - Jornal do Comércio

O Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas (PPP) de Porto Alegre aprovou nesta quinta-feira a modelagem financeira, diretrizes, características e condições do metrô a ser construído na Capital. O passo seguinte será no dia 10 de setembro, quando a prefeitura lança a proposta de manifestação de interesse para as empresas apresentarem seu plano para a empreitada. 

“A PPP terá prazo de concessão de 34 anos, sendo quatro de investimento e 30 de operação”, informa o secretário estadual de Planejamento, João Motta. Um único consórcio será responsável pelo plano executivo, obra e operação do trem. 

Para o prefeito José Fortunati, “a decisão facilita o processo licitatório, pois os documentos técnicos enviados pelas companhias servirão como conteúdo para montar o edital de forma mais específica”. Segundo o secretário municipal de Gestão, Urbano Schmitt, os projetos eleitos serão remunerados pelo vencedor da concorrência. 

Os interessados devem oferecer método construtivo, tipo de trem, sinalização, controle e informação ao usuário, concepção dos terminais e estações, bem como todos os pontos referentes a modelo e formato da operação. Após 60 dias, a administração municipal avaliará as sugestões e realizará audiência pública para escolher a melhor alternativa. 

As proposições precisam abordar também pátio de manutenção dos veículos, reurbanização viária, central de operações, subestações de energia elétrica, obras de desvio de drenagem e redes, e de infraestrutura dos túneis. 

A licitação para os 14,8 quilômetros da Fase 1 está prevista para o primeiro trimestre de 2013, sendo que as escavações devem começar a partir de julho do próximo ano. A composição financeira preliminar estima o total do investimento em R$ 2.468 bilhões, divididos da seguinte maneira: R$ 265 milhões em isenções de tributos, R$ 880 milhões são aportes do Estado e município, R$ 1 bilhão em verbas federais e R$ 323 milhões oriundos da iniciativa privada. 

    

domingo, 12 de agosto de 2012

Obras do metrô de Porto Alegre devem começar em 2013

 10/08/2012 - Correio do Povo

As obras do metrô de Porto Alegre devem começar no terceiro trimestre de 2013. Esta é a previsão dada pelo governo do Estado e prefeitura da Capital após reunião nesta quinta-feira. Ainda no mês de agosto, o cronograma será avaliado pelos Conselhos Gestores das Parcerias Público-Privadas (PPPs). 

Para o dia 10 de setembro está marcado o lançamento do edital para manifestações das empresas interessadas em realizar a obra do metrô. No total, a Fase 1 do projeto prevê R$ 2,4 bilhões em investimentos para um trecho de 14,8 km. O traçado do metrô compreende a Avenida Borges de Medeiros (extensão Rua da Praia), no Centro, até a Avenida Assis Brasil, na zona Norte.

A definição do calendário acontece um dia após a publicação da Medida Provisória (MP) 575, pelo governo federal, que altera as regras das Parcerias Público-Privadas (PPPs), permitindo o pagamento das empresas conforme o avanço da obra. "A publicação da medida provisória deve ser vista como uma vitória conjunta das forças políticas que estão trabalhando pelo metrô no Rio Grande do Sul. Agora, está aberta uma perspectiva concreta para efetivarmos a modelagem financeira", avaliou o secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã do Estado, João Motta. "A parceria entre Estado e prefeitura tem sido fundamental para viabilizar todas as etapas necessárias a um projeto desta importância", afirmou o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati. 

Orçado em R$ 2,4 bilhões, o projeto prevê investimento de R$ 600 milhões da prefeitura, R$ 300 milhões do governo do Estado e R$ 1 bilhão da União. O montante inclui ainda R$ 265 milhões em isenções de tributos municipais e estaduais e R$ 323 milhões originários de financiamento privado.
 

sábado, 11 de agosto de 2012

Planalto edita Medida Provisória que destrava obra do metrô na Capital

08/08/2012 - Fábio Schaffner
fabio.schaffner@gruporbs.com.br

Prefeitura está liberada para lançar editais de licitação. 

O Planalto editou nesta quarta-feira a Medida Provisória que destrava as obras do metrô na Capital. Com as novas regras para as Parcerias Público-Privadas publicadas no Diário Oficial da União, a prefeitura finalmente poderá lançar os editais de licitação.

Pelo texto, o governo poderá pagar a empresa que for construir o metrô conforme a execução da obra for avançando. Esse era o principal entrave, já que, de acordo com as normas antigas, a empreiteira só seria paga na entrega do empreendimento, ou seja, ao final de quatro anos de obras, o que aumentaria em R$ 1 bilhão o custo do metrô.

— Estamos muito felizes com a MP. Já estamos analisando o texto e preparando a próxima etapa — comemorou o secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico da Capital, Urbano Schmitt.

A construção do metrô na Capital havia sido anunciada pela presidente Dilma Rousseff em outubro do ano passado, mas até agora o governo ainda não havia definido uma modelagem financeira para a assinatura do contrato.

Em julho, os ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades) afirmaram que o Planalto iria editar uma Medida Provisória flexibilizando as regras das PPPs, mas até terça-feira nenhum órgão do governo soube dar informações seguras sobre o que estava trancando a edição da MP.

Com a publicação das normas no Diário Oficial, a prefeitura de Porto Alegre espera agora lançar a licitação na virada do ano, com o início da obras previsto para abril. 

Em vídeo, veja como será o trajeto do metrô

Governo do Estado e prefeitura da Capital apresentam cronograma para obras do metrô

09/08/2012 - Governo do Estado do Rio Grande do Sul

O Governo do Estado e a prefeitura de Porto Alegre aprovaram, em reunião nesta quinta-feira (09), uma proposta de cronograma para as próximas etapas de viabilização do metrô da Capital. A perspectiva dos prazos indica a avaliação das propostas das empresas em audiência pública, no primeiro trimestre de 2013, e o início das obras para o terceiro trimestre do mesmo ano. 

A definição do calendário acontece um dia após a publicação da Medida Provisória (MP) 575, pelo Governo Federal, que altera as regras das Parcerias Público-Privadas (PPPs), permitindo o pagamento das empresas conforme o avanço da obra. "A publicação da medida provisória deve ser vista como uma vitória conjunta das forças políticas que estão trabalhando pelo metrô no Rio Grande do Sul. Agora, está aberta uma perspectiva concreta para efetivarmos a modelagem financeira", avaliou o secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta, que participou do encontro. "A parceria entre Estado e prefeitura tem sido fundamental para viabilizar todas as etapas necessárias a um projeto desta importância", afirmou o prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti. 

Ainda no mês de agosto, o cronograma será avaliado pelos Conselhos Gestores das PPPs do Governo do Estado e da prefeitura da Capital. Já para o dia 10 de setembro está marcada a apresentação de proposta para manifestações de interesse das empresas candidatas à execução da obra. No total, a Fase 1 do projeto do metrô de Porto Alegre prevê R$ 2,4 bilhões em investimentos para um trecho de 14,8 km. 

Durante o evento também foi destacada a importância das obras complementares dos corredores de ônibus da Região Metropolitana visando a integração dos modais de transporte ao metrô. O Sistema de Transporte Integrado Metropolitano prevê R$ 349 milhões para investimentos em nove cidades nas obras para corredores de ônibus e integração rodoviária. As cidades beneficiadas são Porto Alegre, Gravataí, Alvorada, Viamão, São Leopoldo, Cachoeirinha, Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul e Esteio. 

Metrô da Capital 
Repasse OGU - R$ 1 bilhão 
Financiamento (Governo RS e prefeitura da Capital) - R$ 750 milhões 
Valor total - R$ 2,468 bilhões 

Fase 1 
O projeto prevê nesta primeira Fase o traçado da Avenida Borges de Medeiros (extensão Rua da Praia) até a Avenida Assis Brasil, com extensão de 14,88 km. 

Sistema de Transporte Integrado Metropolitano 
Financiamento Pró-Transporte - R$ 299 milhões 
Contrapartida - R$ 50 milhões 
Valor total - R$ 349 milhões 

Texto: Carine Prevedello 
Foto: Cristine Rochol / PMPA 
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Editorial: A arrancada do metrô

10/08/2012 - Zero Hora

A publicação de medida provisória definindo regras mais factíveis para o financiamento da construção do metrô de Porto Alegre destrava finalmente o andamento dessa obra essencial para os gaúchos. Anunciado com estardalhaço pela presidente Dilma Rousseff no ano passado e estagnado durante 10 meses devido a divergências da equipe econômica sobre parceria público-privada, o projeto agora precisa mobilizar líderes do Estado para seguir adiante. A definição garante segurança jurídica para a Capital promover as audiências públicas e lançar a licitação ainda neste ano, mas é importante que a pressão se mantenha de forma permanente. 

O excesso de burocracia que envolve a luta por um empreendimento desse porte e o visível desconhecimento de encarregados no setor público de lidar com detalhes administrativos e financeiros dão uma ideia das dificuldades que ainda restam pela frente. É difícil, por exemplo, entender como o texto da aguardada medida provisória definindo critérios bem mais viáveis para o financiamento do plano continuava desconhecido até mesmo do Ministério das Cidades, mesmo depois de ter sido publicado. 

Projetos de infraestrutura de maneira geral exigem longo tempo de execução e demandam investimentos elevados, razão pela qual precisam ser pensados com antecedência e contar com um cronograma rigoroso de execução depois de aprovados. Isso significa que, definida essa etapa, já é tempo de pensar nas próximas, levando em conta as necessidades da Capital num futuro próximo. 

Diante do caos no trânsito, provocado pelo excesso de veículos, que limita até o transporte coletivo convencional, o metrô é uma alternativa que não tem mais como ser descartada nas políticas de trânsito por se constituir num meio seguro e confortável de transporte de passageiros. O projeto, porém, precisa estar integrado a uma política mais ampla, que garanta mais facilidades de locomoção para as atuais e as futuras gerações. 

    

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Planalto edita Medida Provisória que destrava obra do metrô na Capital

08/08/2012 - Fábio Schaffner
fabio.schaffner@gruporbs.com.br

Prefeitura está liberada para lançar editais de licitação. 

O Planalto editou nesta quarta-feira a Medida Provisória que destrava as obras do metrô na Capital. Com as novas regras para as Parcerias Público-Privadas publicadas no Diário Oficial da União, a prefeitura finalmente poderá lançar os editais de licitação.

Pelo texto, o governo poderá pagar a empresa que for construir o metrô conforme a execução da obra for avançando. Esse era o principal entrave, já que, de acordo com as normas antigas, a empreiteira só seria paga na entrega do empreendimento, ou seja, ao final de quatro anos de obras, o que aumentaria em R$ 1 bilhão o custo do metrô.

— Estamos muito felizes com a MP. Já estamos analisando o texto e preparando a próxima etapa — comemorou o secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico da Capital, Urbano Schmitt.

A construção do metrô na Capital havia sido anunciada pela presidente Dilma Rousseff em outubro do ano passado, mas até agora o governo ainda não havia definido uma modelagem financeira para a assinatura do contrato.

Em julho, os ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades) afirmaram que o Planalto iria editar uma Medida Provisória flexibilizando as regras das PPPs, mas até terça-feira nenhum órgão do governo soube dar informações seguras sobre o que estava trancando a edição da MP.

Com a publicação das normas no Diário Oficial, a prefeitura de Porto Alegre espera agora lançar a licitação na virada do ano, com o início da obras previsto para abril. 

Em vídeo, veja como será o trajeto do metrô

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Governo injeta R$ 8,43 bilhões na economia com compra de equipamentos

28/06/2012 - O Globo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira que o governo irá injetar R$ 8,43 bilhões na economia, com a compra de equipamentos pesados por meio do PAC Equipamentos. Dentro desse valor estão incluídos maquinários que serão distribuídos aos municípios, para uso na área agrícola e também para melhorar estradas e transportes, ônibus e até mesmo equipamentos para escolas. 

Segundo Mantega, com a liberação desses valores, os recursos destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previstos para este ano foi elevado dos R$ 42,6 bilhões para R$ 51 bilhões. Segundo explicou o ministro, parte dos recursos já estava prevista no orçamento deste ano, e R$ 6,611 bilhões serão liberados por medida provisória. 

Além disso, Mantega anunciou também a redução da taxa de juros de longo prazo, a TJLP, que corrige os empréstimos do BNDES, conforme antecipou O GLOBO. Ela passa de 6,0% ao ano para 5,5% ao ano. 

— Estamos reduzindo a maior parte de créditos de investimentos do BNDES. Isso afeta também os créditos já liberados pelo BNDES — afirmou, durante o anúncio do PAC Equipamentos. 

Com isso, os R$ 20 bilhões da linha de financiamento que será liberada para os estados aumentarem os investimentos também será barateada. O Conselho Monetário Nacional (CMN) definirá nesta quinta-feira os critérios para a partilha dos recursos. 

A lista de equipamentos que serão comprados dentro do PAC inclui: 8.570 ônibus (R$ 1,714 bilhões) para o programa Caminho da Escola; 3 milhões de unidades de mobiliário escolar (R$ 456 milhões); 8.000 caminhões para as Forças Armadas usarem em medidas de enfrentamento da seca (R$ 2,28 bilhões), 3.000 patrulhas agrícolas (R$ 870 milhões); 3.591 retroescavadeiras (R$ 650 milhões); 1.330 motoniveladoras (R$ 638 milhões); 50 perfuratrizes para poços em regiões afetadas pela seca (R$ 13,5 milhões); 2.125 ambulâncias (R$ 326,3 milhões); 1.000 furgões odontológicos (R$ 154,2 milhões); 160 vagões de trens públicos urbanos (R$ 721 milhões); 500 motocicletas para a polícia rodoviária (R$ 22,3 milhões); 40 veículos blindados para as Forças Armadas (R$ 342,4 milhões); e 30 veículos lançadores de mísseis (R$ 246 milhões). 

Governo poderá comprar produtos de saúde nacionais até 25% mais caros 

O pacote de estímulos à indústria lançado hoje inclui também uma lista de mais de 80 produtos nacionais na área de saúde, com itens como tomógrafo e aparelhos de hemodiálise, que terão preferência nas compras do governo. Eles poderão ser adquiridos mesmo se forem até 25% mais caros que os importados. 

Dentro do PAC Equipamentos – Programa de Compras Governamentais, também será aberta uma linha de financiamento do BNDES para a compra de equipamentos de saúde pelos estados e municípios. O empréstimo será direcionado para a aquisição de equipamentos com, pelo menos, 60% de peças nacionais. 

O Ministério da Saúde informou que, desde maio, dá preferência para a indústria nacional de medicamentos. Ao todo, 126 produtos fazem parte da lista que pode ser adquirida por preços até 25% superiores aos dos fabricados no exterior. Desse total, são 78 medicamentos e fármacos, quatro insumos e 44 produtos biológicos. Com a estratégia, o governo estima que um impacto no mercado nacional de R$ 3 bilhões, criação de cinco mil empregos e arrecadação adicional de R$ 50 bilhões.

    

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

CBTU e Trensurb realizarão audiências públicas de trens

01/08/2012 - Revista Ferroviária

A Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) realizarão audiências públicas sobre a aquisição de Trens Unidades Elétricas (TUEs), carros de passageiros e Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs). Os eventos têm como objetivo explicar os editais e esclarecer dúvidas dos interessados.

A Trensurb realizará sua audiência pública para a aquisição de 60 novos carros de passageiros nesta quinta-feira (02/08), a partir das 13h30, no auditório da empresa, em Porto Alegre. 

Já a CBTU realizará no dia 13 de agosto, às 14h, a audiência pública para a licitação de oito VLTs para João Pessoa (PB), 12 VLTs para Natal (RN) e 10 TUEs para Belo Horizonte (MG). A audiência acontecerá no auditório da Associação dos Engenheiros Ferroviários (Aenfer), no Rio de Janeiro.

A aquisição do material rodante será feita com a verba do PAC Equipamentos, que irá liberar R$ 721 milhões para compra de novos trens para João Pessoa, Natal, Belo Horizonte e Porto Alegre. As concorrências para a compra dos novos trens e VLTs darão preferência para as empresas nacionais. A licitação deve ser lançada até o final de agosto.