quinta-feira, 25 de junho de 2015

Trensurb apresenta à população estudo de viabilidade de serviço até Sapiranga



 
Conforme trabalho elaborado pela empresa Oficina Consultores, linha de aeromóvel ou VLT de Novo Hamburgo a Sapiranga é viável quanto ao retorno social, mas exige alto investimento.

A Trensurb promoveu, na noite de quarta-feira (17), apresentação pública do relatório final dos estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira da extensão da Linha 1, trecho Novo Hamburgo-Sapiranga. O encontro foi realizado na Câmara de Vereadores de Sapiranga, contando com a presença de autoridades e lideranças da região. Os resultados do estudo conduzido pela Oficina Consultores apontam inviabilidade de expansão da linha metroviária, porém o uso de tecnologias alternativas como o aeromóvel e o veículo leve sobre trilhos (VLT), segundo o engenheiro Arlindo Fernandes, da empresa contratada responsável, "tem viabilidade social, mas é de alto investimento".

"Nosso trabalho, que nasceu como a análise de extensão da linha do metropolitano, tornou-se mais complexo", explicou Fernandes. "Descartamos o trem metropolitano por sua capacidade, que pode chegar a cerca de 40 mil passageiros por hora por sentido, o que seria um exagero", relatou seu colega, o engenheiro Ruy Grieco. A necessidade de se encontrar uma solução para a demanda, segundo Fernandes, resultou num projeto funcional de duas alternativas com características equivalentes: aeromóvel e VLT. "Soluções de natureza mais leve são adequadas, apropriadas, até porque essas soluções normalmente vêm junto à questão urbanística de valorização, de ampliação da ocupação, diferente de um sistema mais pesado, pendular, que fortalece as centralidades urbanas", afirmou Arlindo Fernandes. Grieco ressaltou que os estudos foram desenvolvidos com base numa pesquisa multicritérios para que se buscasse a solução mais adequada com base em fatores como demanda, custos de implantação, interferência urbana e possíveis dificuldades construtivas.

Dessa forma, chegou-se a um traçado de 16,5 quilômetros da Estação Novo Hamburgo do metrô até o Centro de Sapiranga, com um total de 16 estações, que seria dividido em três fases de implantação: a primeira, com 5,1 quilômetros e oito estações, da Estação Novo Hamburgo até as imediações da Avenida São Leopoldo, próximo ao limite entre os municípios de Novo Hamburgo e Campo Bom, passando pela Rua Vitor Hugo Kunz; a segunda, com 4,3 quilômetros e quatro estações, até a Estação Rodoviária de Campo Bom, passando pela Avenida Brasil; a terceira, com 7,1 quilômetros e quatro estações, até o Centro de Campo Bom, passando pelas rodovias RS-010 e RS-239. O tempo total de trajeto seria de aproximadamente 35 minutos, com intervalo mínimo de seis minutos entre viagens. No ano horizonte de 2045, a demanda por dia útil prevista para a linha seria de 24 mil passageiros.

O investimento total estimado de implantação da tecnologia aeromóvel no trecho proposto seria de R$ 1,45 bilhão de reais, enquanto o custeio anual seria de R$ 22,3 milhões. No caso da tecnologia VLT, a implantação demandaria um investimento de 1,15 bilhão e o custeio anual seria de R$ 24,1 milhões. A tarifa técnica para custeio da operação do sistema seria de aproximadamente R$ 3.

Os benefícios gerados pela implantação da linha, considerando-se economia de tempo e quilometragem de viagens, combustíveis, diminuição da poluição e a valorização urbanística, quando monetarizados, seriam de cerca de R$ 100 milhões anuais. Num horizonte de 30 anos, a valor presente líquido, esses benefícios chegariam a R$ 1,17 bilhão, com taxas internas de retorno econômico de 7,4% para o aeromóvel e 11,4% para o VLT. Dessa forma, o projeto pode ser considerado economicamente viável em ambas as tecnologias. "Ambas promovem benefícios para a sociedade que são superiores aos custos de investimento trazidos a valor presente", ressaltou Arlindo Fernandes, da Oficina Consultores. "Há viabilidade do ponto de vista de retorno social, mas um alto investimento a ser feito e é naturalmente algo a ser eventualmente construído", completou. Fernandes afirmou, ainda, que há a possibilidade de outras soluções não excludentes a estas como, por exemplo, o sistema de BRTs.

Em sua fala no evento, Humberto Kasper, diretor-presidente da Trensurb, afirmou que a empresa "vem cumprir mais uma etapa daquele compromisso que tem de atender às demandas da sociedade, procurar discuti-las isentamente, do ponto de vista técnico". Kasper ressaltou que se tratou de uma prestação de contas à sociedade após a contratação e realização do estudo demandado pela comunidade da região. "Os resultados talvez não atendam às expectativas de todos, mas são eles que embasam, que vão justificar ou não investir em determinada modalidade de transporte aqui", declarou. O diretor-presidente esclareceu que a Trensurb é uma empresa operadora e que um eventual investimento para a implantação da linha depende de uma discussão na sociedade. De qualquer forma, Kasper agradeceu e parabenizou os envolvidos na busca pelos recursos que garantiram a realização do estudo de viabilidade, que é um primeiro passo fundamental para que talvez um dia a linha seja concretizada.

Representaram também a Trensurb na apresentação pública o superintendente de Desenvolvimento e Expansão, Nazur Garcia, empregados e gestores da empresa. Estiveram presentes na ocasião: a prefeita de Sapiranga, Corinha Molling; o prefeito de Campo Bom, Faisal Karam; o secretário de Segurança e Mobilidade Urbana de Novo Hamburgo, Egon Kirchheim; o presidente da Câmara de Vereadores de Sapiranga, Vilmar Machado; o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Bom, Alexandre Hoffmeister; o presidente da Câmara de Vereadores de Nova Hartz, Valentin Melo; lideranças dos municípios da região.

O arquivo com a apresentação feita na Câmara de Sapiranga pode ser acessado por meio deste link.

Foto: Kauê P. Menezes/Trensurb


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Trensurb apresenta à população estudo de viabilidade de serviço até Sapiranga

18/06/2015 - Trensurb

A Trensurb promoveu, na noite de quarta-feira (17), apresentação pública do relatório final dos estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira da extensão da Linha 1, trecho Novo Hamburgo-Sapiranga. O encontro foi realizado na Câmara de Vereadores de Sapiranga, contando com a presença de autoridades e lideranças da região. Os resultados do estudo conduzido pela Oficina Consultores apontam inviabilidade de expansão da linha metroviária, porém o uso de tecnologias alternativas como o aeromóvel e o veículo leve sobre trilhos (VLT), segundo o engenheiro Arlindo Fernandes, da empresa contratada responsável, "tem viabilidade social, mas é de alto investimento". 

"Nosso trabalho, que nasceu como a análise de extensão da linha do metropolitano, tornou-se mais complexo", explicou Fernandes. "Descartamos o trem metropolitano por sua capacidade, que pode chegar a cerca de 40 mil passageiros por hora por sentido, o que seria um exagero", relatou seu colega, o engenheiro Ruy Grieco. A necessidade de se encontrar uma solução para a demanda, segundo Fernandes, resultou num projeto funcional de duas alternativas com características equivalentes: aeromóvel e VLT. "Soluções de natureza mais leve são adequadas, apropriadas, até porque essas soluções normalmente vêm junto à questão urbanística de valorização, de ampliação da ocupação, diferente de um sistema mais pesado, pendular, que fortalece as centralidades urbanas", afirmou Arlindo Fernandes. Grieco ressaltou que os estudos foram desenvolvidos com base numa pesquisa multicritérios para que se buscasse a solução mais adequada com base em fatores como demanda, custos de implantação, interferência urbana e possíveis dificuldades construtivas. 

Dessa forma, chegou-se a um traçado de 16,5 quilômetros da Estação Novo Hamburgo do metrô até o Centro de Sapiranga, com um total de 16 estações, que seria dividido em três fases de implantação: a primeira, com 5,1 quilômetros e oito estações, da Estação Novo Hamburgo até as imediações da Avenida São Leopoldo, próximo ao limite entre os municípios de Novo Hamburgo e Campo Bom, passando pela Rua Vitor Hugo Kunz; a segunda, com 4,3 quilômetros e quatro estações, até a Estação Rodoviária de Campo Bom, passando pela Avenida Brasil; a terceira, com 7,1 quilômetros e quatro estações, até o Centro de Campo Bom, passando pelas rodovias RS-010 e RS-239. O tempo total de trajeto seria de aproximadamente 35 minutos, com intervalo mínimo de seis minutos entre viagens. No ano horizonte de 2045, a demanda por dia útil prevista para a linha seria de 24 mil passageiros. 

O investimento total estimado de implantação da tecnologia aeromóvel no trecho proposto seria de R$ 1,45 bilhão de reais, enquanto o custeio anual seria de R$ 22,3 milhões. No caso da tecnologia VLT, a implantação demandaria um investimento de 1,15 bilhão e o custeio anual seria de R$ 24,1 milhões. A tarifa técnica para custeio da operação do sistema seria de aproximadamente R$ 3. 

Os benefícios gerados pela implantação da linha, considerando-se economia de tempo e quilometragem de viagens, combustíveis, diminuição da poluição e a valorização urbanística, quando monetarizados, seriam de cerca de R$ 100 milhões anuais. Num horizonte de 30 anos, a valor presente líquido, esses benefícios chegariam a R$ 1,17 bilhão, com taxas internas de retorno econômico de 7,4% para o aeromóvel e 11,4% para o VLT. Dessa forma, o projeto pode ser considerado economicamente viável em ambas as tecnologias. "Ambas promovem benefícios para a sociedade que são superiores aos custos de investimento trazidos a valor presente", ressaltou Arlindo Fernandes, da Oficina Consultores. "Há viabilidade do ponto de vista de retorno social, mas um alto investimento a ser feito e é naturalmente algo a ser eventualmente construído", completou. Fernandes afirmou, ainda, que há a possibilidade de outras soluções não excludentes a estas como, por exemplo, o sistema de BRTs. 

Em sua fala no evento, Humberto Kasper, diretor-presidente da Trensurb, afirmou que a empresa "vem cumprir mais uma etapa daquele compromisso que tem de atender às demandas da sociedade, procurar discuti-las isentamente, do ponto de vista técnico". Kasper ressaltou que se tratou de uma prestação de contas à sociedade após a contratação e realização do estudo demandado pela comunidade da região. "Os resultados talvez não atendam às expectativas de todos, mas são eles que embasam, que vão justificar ou não investir em determinada modalidade de transporte aqui", declarou. O diretor-presidente esclareceu que a Trensurb é uma empresa operadora e que um eventual investimento para a implantação da linha depende de uma discussão na sociedade. De qualquer forma, Kasper agradeceu e parabenizou os envolvidos na busca pelos recursos que garantiram a realização do estudo de viabilidade, que é um primeiro passo fundamental para que talvez um dia a linha seja concretizada. 

Representaram também a Trensurb na apresentação pública o superintendente de Desenvolvimento e Expansão, Nazur Garcia, empregados e gestores da empresa. Estiveram presentes na ocasião: a prefeita de Sapiranga, Corinha Molling; o prefeito de Campo Bom, Faisal Karam; o secretário de Segurança e Mobilidade Urbana de Novo Hamburgo, Egon Kirchheim; o presidente da Câmara de Vereadores de Sapiranga, Vilmar Machado; o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Bom, Alexandre Hoffmeister; o presidente da Câmara de Vereadores de Nova Hartz, Valentin Melo; lideranças dos municípios da região. 


Fonte: Trensurb
Publicada em:: 18/06/2015