quinta-feira, 27 de julho de 2017

Insegurança e falta de estrutura: após quase 10 anos, Trensurb pede reajuste de 47% na passagem

26/07/2017 - Sul 21

A Trensurb​ quer aumentar o valor da passagem depois de uma década cobrando R$ 1,70 pela viagem. Após a realização de um estudo interno, o pedido de reajuste de 47% foi encaminhado, em maio, ao Ministério das Cidades. Se aprovado, a tarifa passaria para R$ 2,50. O Sul21 conversou com usuários que consideram o valor injustificável, tendo em vista a precarização dos serviço nos últimos anos e a falta de segurança nas estações.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

MetrôPOA desperdiçou mais de R$ 11 milhões em cinco anos

14/06/2017 - Jornal do Comércio

Aluguel do escritório custou aos cofres do município R$ 630 mil em cinco anos
Aluguel do escritório custou aos cofres do município R$ 630 mil em cinco anos MARCO QUINTANA/JC Deivison Ávila e Juliano Tatsch 

Na manhã do dia 14 de junho de 2012, o então prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, inaugurou com pompa o escritório no qual seriam centralizadas todas as ações administrativas referentes à implantação do metrô na Capital. 

O sonho de contar com um sistema de transporte subterrâneo sobre trilhos foi bastante acalentado pelo ex-prefeito. Cinco anos depois, esse sonho, além de não ter se tornado realidade, transformou-se em um rombo de mais de R$ 11 milhões aos cofres públicos municipais. O projeto do MetroPOA já nasceu polêmico. 

Um dos principais questionamentos era se o valor despendido para um trajeto limitado, de menos de 15 quilômetros, não poderia ser investido na implantação de uma ampla rede de BRT (Bus Rapid Transit) ou em outras obras tão úteis quanto para a população. 

Com o cenário de crise financeira vivido em todas as esferas de governo, o fim dos estudos, anunciado pelo atual prefeito, Nelson Marchezan Júnior, ainda durante a campanha eleitoral, se concretizou no início de fevereiro deste ano. No fim das contas, o metrô não saiu e os recursos bilionários não foram investidos. Isso não significa, entretanto, que o ambicioso sonho da gestão passada não tenha gerado gastos ao município.

Com diversas remodelagens econômicas, o valor final da obra estava em R$ 4,84 bilhões. Parte da quantia (R$ 1,30 bilhão) seria bancada pela iniciativa privada, algo que dependeria da manifestação de interesses por parte de empresários. Dos cofres municipais sairiam R$ 690 milhões. Cerca de R$ 1,77 bilhão viria da União, e mais R$ 1,08 bilhão seria bancado pelo governo do Estado. Com o encerramento do projeto MetrôPOA, o Jornal do Comércio consultou o Portal da Transparência do município (www2.portoalegre.rs.gov.br/transparencia), recebeu informações da prefeitura da Capital, via Lei de Acesso à Informação, além de um levantamento sobre quanto o Executivo municipal gastou e/ou deixou de investir com os valores investidos em projetos, pessoal e aluguel do escritório. Não foi pouca coisa. 

O escritório MetrôPOA, localizado na avenida Padre Cacique, área nobre da Capital, foi alugado ao custo de R$ 10.500,00 mensais. Até a desocupação do espaço, em fevereiro, somente com a locação, foram empregados R$ 630 mil. Valores gastos em telefonia, transporte, energia elétrica, água, internet e outros serviços não foram contabilizados. 

Em relação aos custos com pessoal, a prefeitura informou que não foram utilizados recursos extras, já que os profissionais destinados a trabalhar no projeto eram todos funcionários concursados da Secretária Municipal de Transportes (SMT) e da Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC). Entretanto, há de se pontuar que eles poderiam exercer suas funções em outros projetos, ou seja, a força de trabalho destinada ao MetrôPOA foi desperdiçada. 

Ao todo, no período de cinco anos, foram gastos R$ 1.153.000,00/ano, totalizando R$ 5.765.000,00 em salários. Outras quantias foram destinadas a projetos e consultorias para desenvolver a linha do metrô, que desafogaria o trânsito na zona Norte de Porto Alegre. Apenas com a companhia Metro de Madrid, que gere o sistema na capital espanhola, a prefeitura gastou R$ 3.305.668,50 em assessoria técnica e capacitação de recursos humanos. 

O município investiu outro R$ 1,1, milhão também em assessoria, no último ano de atividades (o Portal da Transparência não especifica para qual empresa este valor foi destinado). Anteriormente, em 2011, R$ 700 mil foram pagos à Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), para assessoria especializada no desenvolvimento de estudos de análise econômica e de viabilidade financeira, bem como a elaboração da modelagem jurídico-institucional para a viabilização da implantação e operação da primeira etapa do projeto. - Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/06/geral/567507-metropoa-desperdicou-mais-de-r-11-milhoes.html)

terça-feira, 30 de maio de 2017

Trensurb dá prazo para empresas apresentarem nova entrega dos trens fora de circulação

29/05/2017 -  Zero Hora

Os representantes do consórcio responsável pelos veículos foram convocados a apresentar uma solução até o fim desta semana

Por: Jocimar Farina

Trensurb dá prazo para empresas apresentarem nova entrega dos trens fora de circulação Félix Zucco/Agencia RBS
Foto: Félix Zucco / Agencia RBS

A Trensurb se reuniu no último dia 23 de maio com os presidentes das empresas Alstom e CAF para tratar do conserto dos novos trens. Os representantes do consórcio responsável pelos veículos foram convocados a apresentar uma solução até o fim desta semana. As informações são da Rádio Gaúcha.

Dos 15 novos trens, cinco seguem fora de circulação. As empresas deverão enviar oficialmente um novo prazo de forma a resolver definitivamente as pendências técnicas. A Trensurb, porém, não informou o que irá fazer se as empresas não derem uma resposta até sexta-feira (02). O Consórcio FrotaPoA, formado pelas empresas Alstom e CAF, disse em nota que "entregará essa semana o novo cronograma para entrega dos 5 trens."

O Ministério Público Federal (MPF) havia fixado o prazo de 20 de maio para a retomada de todos os novos veículos, o que acabou não ocorrendo. Em abril do ano passado, toda a nova frota foi retirada de operação após a identificação de que havia infiltração no rolamentos nos veículos que custaram R$ 242,6 milhões. 

Por causa de problemas identificados, no final de abril, nos veículos comprados em 2012, a Trensurb anunciou que multou em R$ 2,4 milhões as empresas Alstom e CAF. O valor é referente a 1% do valor total do contrato. Além da multa, a Trensurb iria cobrar do consórcio todo o valor gasto a mais com a utilização dos veículos antigos. Até janeiro, a Trensurb já acumulava R$ 700 mil em multas pelo gasto excessivo com energia.

Cada novo trem custou R$ 14,7 milhões. O contrato para fabricação dos novos veículos foi assinado em novembro de 2012. A vida útil mínima das composições deve ser de 30 anos

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Cinco dos 15 novos trens da Trensurb seguem sem data definida para voltar a operar

17/05/2017 - G1

A nova frota que deveria dar mais conforto aos usuários da Trensurb desde 2014 ainda é uma promessa. Dos 15 trens adquiridos por R$ 242 milhões há três anos, apenas 10 voltaram a funcionar após os problemas de descarrilamento e infiltrações em rolamentos logo no início das operações. Os outros cinco seguem parados.

O Ministério Público Federal (MPF) multou o fornecedor, o consórcio Alston, em R$ 4 milhões e determinou que a frota deveria entrar em funcionamento até o dia 20 de maio. De acordo com a Trensurb, porém, não será possível cumprir o prazo porque os cinco vagões novos continuam em manutenção.

A companhia também deve cobrar do consórcio responsável pela construção dos trens o valor gasto a mais com a permanência dos vagões velhos em operação. Segundo a Trensurb, além do prejuízo aos passageiros, os trens antigos exigem mais manutenção e consomem mais energia.

O procurador do MPF Celso Antônio Três diz que vai se reunir nesta semana com dirigentes da Trensurb e deve definir uma nova sanção contra o consórcio da Alston caso um novo prazo não seja cumprido.

A RBS TV entrou em contato com a Alstom, mas a empresa não respondeu aos questionamentos da reportagem.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Trensurb e Prefeitura de Porto Alegre articulam parceria para qualificar bilhetagem

10/03/2017 - Trensurb

Na tarde desta sexta-feira (10), representantes da Trensurb e da administração municipal de Porto Alegre reuniram-se na sede da empresa metroviária para discutir uma parceria que pode trazer mais facilidade aos usuários de transporte público da capital e região metropolitana. O diretor-presidente da Trensurb, David Borille, recebeu o diretor técnico da Procempa, Michel Costa, e o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação, Marcelo Soletti. 

A pauta central do encontro foi a busca de esforços conjuntos para viabilizar o uso de novas tecnologias de bilhetagem eletrônica que, entre outras vantagens, permitem a compra de passagens com o uso de cartões de crédito e débito. “O nosso objetivo hoje é trazê-los para um grupo de trabalho e fazer da Trensurb um participante desse ‘laboratório da cidade’”, afirmou, durante a reunião, o diretor técnico da Procempa, Michel Costa. Segundo Costa, a tecnologia em questão traria ganhos de segurança e eficiência, gerando também diminuição de custos. O teste dos novos equipamentos no metrô deve ter início em breve. 

Para o diretor-presidente David Borille, “a possibilidade de utilizarmos tecnologia mais avançada é muito importante para qualificar a nossa bilhetagem, melhorando sua confiabilidade e agilidade, gerando benefício direto para o usuário e facilitando o trabalho dos nossos empregados”. 

Outros objetivos estão no horizonte da parceria, como a discussão da regulamentação de questões relativas à bilhetagem, a busca pela interoperabilidade entre os sistemas utilizados na região metropolitana e a integração dos sistemas de segurança. Também foram discutidas as possibilidades de uso da fibra ótica instalada ao longo da linha metroviária da Trensurb em projetos da Procempa, bem como da infraestrutura de rádio digital da Procempa para utilização interna da Trensurb. 

Participaram também da reunião, representando a Trensurb: o superintendente de Desenvolvimento Comercial, Euclides Reis; o assessor da Presidência, Ricardo Hessel; o consultor especial da Presidência, José Cláudio Sicco; o assessor da Diretoria de Operações, Antonio Giovani Mattos.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Há 32 anos, era inaugurado o metrô gaúcho

02/03/2017 - Trensurb

Há 32 anos, no dia 2 de março de 1985, a Linha 1 da Trensurb era inaugurada em ato solene. Dois dias depois, o sistema metroviário abria definitivamente as suas portas à população com o início da operação comercial. Instituída por meio do Decreto Federal nº 84.640, de 17 de abril de 1980, a Trensurb já transportou 1,32 bilhão de passageiros nesses 32 anos de funcionamento do metrô, contribuindo no desafogamento do tráfego rodoviário, com consequente redução dos gastos de manutenção das vias públicas e do número de acidentes. E, ao utilizar energia limpa e renovável, a Trensurb promove ainda a redução da poluição ambiental. 

Em 2016, a Trensurb transportou 56.161.503 usuários, o que equivale a uma média de 4.680.125 passageiros mensais. Em 2015, haviam sido transportados 57.554.522 passageiros. Durante o ano passado, a média de usuários transportados por dia útil foi de 186.343. No dia 7 de dezembro, o metrô gaúcho atingiu seu recorde de passageiros em 2016, com 214.550 embarques. 

Por duas vezes no ano, a demanda mensal no metrô ultrapassou os cinco milhões de passageiros. Em março, foram 5.007.309 usuários transportados e, em agosto, foram 5.017.881. As estações que registraram, em 2016, o maior número de embarques no metrô foram Mercado (8.528.337), Canoas (5.404.407), Rodoviária (4.339.904) e Sapucaia (4.332.560). Em 2016, 1.037.066 passageiros utilizaram a linha metrô-aeroporto do aeromóvel, operada pela Trensurb. A média foi de 3.131 usuários por dia útil. No ano anterior, 1.140.802 passageiros haviam utilizado o modal. 

32 anos de história 

A Trensurb foi criada, em 1980, para implantar e operar uma linha de trens urbanos no eixo Norte da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) e atender, diretamente, as populações dos municípios de Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo. 

Começou a ser idealizada a partir de 1976, através de estudos desenvolvidos pelo GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Políticas de Transportes da Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes ), que justificou o projeto pela redução do fluxo de veículos na BR-116, já saturada à época, e pela oferta à população dos municípios mencionados de uma alternativa de transporte com baixo custo e com maior rapidez, segurança e conforto. 

Entre os anos de 1980 e 1985 foram realizadas as obras necessárias para a implementação da via, como colocação de trilhos, dormentes, rede elétrica aérea e demais obras necessárias à reorganização do tráfego de veículos. A primeira etapa implantada atingiu quatro dos seis municípios previstos pelo projeto original, de Porto Alegre a Sapucaia do Sul, totalizando 27 km de linha e contando com 15 estações. 

Em 1997, a Trensurb chegou à cidade de São Leopoldo, com a inauguração da Estação Unisinos, e, em 2000, foi aberta a Estação São Leopoldo. Em julho de 2012, começaram a operar comercialmente mais duas estações: Rio dos Sinos, também em São Leopoldo, e Santo Afonso, em Novo Hamburgo. Em maio de 2014, iniciou-se a operação comercial em outras três estações no município hamburguense: Industrial/Tintas Killing, Fenac e Novo Hamburgo. Assim, a linha alcançou uma extensão de 43,8 quilômetros.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Trensurb tem nove dos 15 novos trens fora de operação há 10 meses

13/02/2017 - G1

Nove das 15 novas composições do Trensurb estão parados há 10 meses devido a problemas mecânicos, como mostra reportagem do RBS Notícias (veja no vídeo). Além de ter de usar os vagões antigos, sem ar-condicionado, os passageiros relatam episódios de violência devido à ausência de câmeras de monitoramento, ao contrário dos veículos novos. Cerca de 200 mil pessoas usam o serviço diariamente.

As novas composições, que têm câmeras e ar-condicionado, começaram entrar em operação em 2014. No entanto, no dia 7 de abril de 2015, um dos novos vagões descarrilou e bateu em uma plataforma, deixando uma multidão de passageiros sem poder voltar para casa.

Cerca de um ano depois, uma infiltração no sistema de rolamentos foi percebida durante uma manutenção preventiva. A Trensurb decidiu tirar de circulação as 15 composições, deixando apenas os vagões antigos em funcionamento.

Segundo a Trensurb, os trens estão parados para fazer uma adequação técnica no rolamento de cada composição. Durante uma investigação técnica, foi constatado que os rolamentos permitiam a entrada de umidade. O reparo foi realizado em seis dos 15 trens. A empresa que gere o modal emprestou as oficinas para a fabricante fazer a troca.

O Ministério Público Federal (MPF) diz ter multado os fornecedores em R$ 4 milhões, e fechado um acordo com a empresa que gere o modal, para que toda a frota adquirida por R$ 243 milhões entre em circulação até o dia 20 de maio.

"Se não houver esse cumprimento, cabe uma ação do Ministério Público até para cobrar alguma indenização para os usuários por esse prejuízo que eles estão tendo", diz o procurador do MPF Celso Três.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também abriu uma investigação sobre um suposto cartel – a combinação de preços entre as empresas concorrentes – na compra dos trens. Enquanto isso, os passageiros que usam os trens da frota antiga contam que, devido à ausência de câmeras de monitoramento, viraram alvo de bandidos.

"Tem arrastão às vezes no trem e eles não fazem nada. Os caras vão nos trens que não têm câmeras, fazem arrastão e levam celulares", conta o pintor Antony Camargo.

A auxiliar de cozinha Rosane da Rosa relatou um caso semelhante. "Entraram dentro do trem e fizeram arrastão", conta, descrevendo a ação de um dos bandidos: "Foi tirando bolsa e celular das pessoas, e depois saiu no meio do pessoal. A polícia não fez nada."

A Trensurb informou que tem câmeras em todas as estações e mantém seguranças fixos nas mais movimentadas. "Trabalhamos com a Polícia Civil, fornecendo imagens para o inquérito policial", acrescenta o chefe de operações da empresa, Juliano Boeck.

A reportagem procurou a Alston, fornecedora dos trens, mas a multinacional não se manifestou sobre o caso até a publicação da reportagem pela RBS TV.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Governo federal cancela verba para o metrô e projeto fica mais longe de sair do papel

02/01/2017 - Jornal do Comércio

Único sistema de trens a operar na região metropolitana é o Trensurb, que liga Porto Alegre a Novo Hamburgo

Único sistema de trens a operar na região metropolitana é o Trensurb, que liga Porto Alegre a Novo Hamburgo

Único sistema de trens a operar na região metropolitana é o Trensurb, que liga Porto Alegre a Novo Hamburgo
TRENSURB/DIVULGAÇÃO/JC

Patrícia Comunello e Guilherme Kolling

O sonho do metrô em Porto Alegre ficou mais distante. O Ministério das Cidades publicou um decreto, na sexta-feira, que cancela a disponibilidade dos recursos que seriam destinados ao projeto. A medida também atingiu outras capitais, além de projetos de mobilidade.

O ex-prefeito da Capital José Fortunati (PDT), que transmitiu o cargo ontem para o tucano Nelson Marchezan Júnior, justificou que a decisão mostra a dificuldade de obter os recursos de outras fontes, mas lembrou que Porto Alegre foi a única que não foi alijada de verbas para obras viárias, como os corredores de ônibus (BRT).

Com isso, o único trem de passageiros a operar na Capital é o Trensurb, que já existe há 30 anos e liga a cidade a Novo Hamburgo, passando por Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul e São Leopoldo.

O projeto do metrô previa uma linha ligando o Centro Histórico à Zona Norte da Capital. Teve anos de estudos e formatou um trajeto de 10,3 quilômetros de trem subterrâneo de passageiros, da Rua da Praia até o terminal Triângulo da avenida Assis Brasil, prevendo uma Parceria Público-Privada (PPP), com recursos dos governos federal, estadual e municipal, além do grupo empresarial que tocaria a obra e exploraria o serviço por 25 anos.

O trajeto previsto inicialmente era mais longo, tendo mais estações até a sede da Fiergs. Mas depois da Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) lançada pela prefeitura, foi revelado, em 2013, que o menor valor sugerido pelo consórcio vencedor superava em muito o orçamento da obra.

Em 2014, a empreitada foi orçada em R$ 4,84 bilhões, com 25 anos de exploração da linha de metrô. A nova PMI foi lançada, com a expectativa de que o vencedor da licitação começasse as obras do trem subterrâneo de passageiros ainda em 2015, para que estivesse em funcionamento em 2020.

Com a crise financeira, nenhum dos entes públicos tinha mais recursos disponíveis para fazer a obra. A prefeitura atrasou as obras viárias da Copa do Mundo, o governo do Estado passou a parcelar os salários dos servidores, e o governo federal, além da crise política, passou a projetar um rombo bilionário em suas contas.

Como essa realidade, ficou distante o sonho de tirar o metrô do papel. Não se sabe qual será o seu destino com a nova gestão municipal.

Marchezan já adiantou que pretende fazer um grande enxugamento da máquina pública municipal e que não irá iniciar novas obras enquanto não terminar as antigas.

Nisso inclui-se o sistema de ônibus rápidos (BRT), que ainda não saiu da primeira fase, com a construção de corredores de ônibus. Até agora, o projeto carece da licitação e construção das estações de transbordo rápido, além da seleção da empresa que irá operar as linhas dentro do novo sistema.