sábado, 22 de janeiro de 2022

Demanda

Trensurb transportou 25,3 milhões de passageiros em 2021

21/01/2022 - Jornal Repercussão

Média de passageiros por dia útil no ano passado foi 29,1% maior que no período desde o início da pandemia até o fim de 2020.

Em 2021, a Trensurb transportou 25.273.432 usuários, o que equivale a uma média de 2.106.119 passageiros mensais. A média de usuários transportados por dia útil foi de 85.819. Em 2020, haviam sido transportados 24.386.843 passageiros, com média de 82.366 por dia útil.

A média diária de 2021 foi 45,6% menor do que no período anterior à pandemia – considerando-se a média de 157.636 passageiros por dia útil da primeira quinzena de março de 2020. Porém a recuperação na demanda é evidenciada pelo aumento da média em 29,1% em relação ao período que vai desde o decreto de calamidade pública do Governo do Estado, de 19 de março de 2020, até o fim daquele ano – quando foram transportados 66.493 passageiros por dia útil.

O mês de dezembro foi o mais movimentado do ano passado nas estações da Trensurb: foram 2.592.821 embarques e uma média de 97.609 usuários transportados por dia útil. O recorde de passageiros transportados em um único dia em 2021 foi de 114.513, em 9 de dezembro.

As estações que registraram, no ano passado, o maior número de embarques no metrô foram Mercado (3.512.570), Canoas (2.336.913), Sapucaia (2.136.026), Rodoviária (1.811.651) e Mathias Velho (1.715.896).

Em 2021, 280.893 passageiros utilizaram a linha metrô-aeroporto do aeromóvel, operada pela Trensurb. A média foi de 1.063 usuários por dia útil. No ano anterior, quando a operação do aeromóvel esteve suspensa de 14 de março a 11 de outubro, 245.990 passageiros haviam utilizado a linha, com média de 1.780 por dia útil de funcionamento.









quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

História

Estação da VFRGS

Por Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo

Dos bondes, muita gente já ouviu falar. Mas uma coisa que muitos porto-alegrenses não sabem é que na capital também os trens circularam nos séculos XIX e XX. 


No Centro da cidade havia duas estações: a Ildefonso Pinto, na Av. Mauá, de onde partia o trem em direção à zona sul e a Estação Férrea de Porto Alegre, que ficava na Rua Voluntários da Pátria. A antiga Estação Férrea atendia à linha Porto Alegre – São Leopoldo. Era um prédio pré-fabricado que veio da Inglaterra, montado em 1874, que tinha a estrutura e elementos ornamentais de madeira e as paredes externas revestidas com chapas de zinco. 

O prédio era idêntico ao da estação de São Leopoldo, que foi preservado e hoje abriga o Museu do Trem. A Estação que vemos nessa foto, que substituiu a antiga, foi inaugurada em 1910 e fazia parte da linha Porto Alegre - Uruguaiana. Considerada como a mais importante ferrovia ao longo da história do RS, ela teve sua construção iniciada em 1877, com o objetivo de fazer a ligação entre leste e oeste do Estado.

O novo prédio da estação foi construído em alvenaria, com dois pavimentos, em estilo eclético. Era conhecido como “Castelinho” pela presença de uma torre com ameias – aberturas no parapeito das torres e muralhas, característica arquitetônica medieval. 

A Estação ficava localizada na Rua Voluntários da Pátria esquina com a Rua da Conceição. De acordo com relatório da VFRGS de 1907, entregue ao Governo Federal, a estação era assim descrita: "à direita a bilheteria e um quarto de bagagem; à esquerda o buffet, a sala para senhoras e o toilette" (ESTAÇÕES, 2021). 

O castelinho foi desativado e demolido entre os anos de 1969 e 1970, no governo do Prefeito Thompson Flores, para a construção da Elevada da Conceição. A partir daí, os trens para Uruguaiana e São Leopoldo passaram a partir de uma estação construída entre a Av. Castelo Branco e a Rua Voluntários da Pátria (próximo da Rua Garibaldi).

Texto copiado da página do Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo do Facebook em 28/01/2021.











sexta-feira, 29 de março de 2019

Trensurb

Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. 
Desde 1985

Histórico

O Globo, 11/10/1979


Empresa estatal fundada em 1980 para operação do novo sistema de trem urbano na grande Porto Alegre. 

Em fevereiro de 1980, o Banco Mundial aprova o empréstimo de cerca de Cr$ 6,5 bilhões para cobrir 51% dos custos estimados para implantação do trecho Porto Alegre - Sapucaia do Sul.


Obras de construção do trem urbano em dezembro de 1980
na altura da rodoviária


Em 1981, início das obras de modernização do serviço de trem suburbano da região metropolitana de Porto Alegre, com a desapropriação de um terreno no município de Sapucaia do Sul.


Porto Alegre em 1983

Desembarque das primeiras composições do Trensurb em 1984

Coleção Fototeca Sioma Breitman, MJJF


O Trensurb inicia suas operações em 2 de março de 1985, com o trecho Porto Alegre - Sapucaia do Sul. 

Em 9 de dezembro de 1997, inauguração da Estação Unisinos. O trem urbano chega a São Leopoldo. Em 20 de novembro de 2000, é inaugurada a Estação São Leopoldo, localizada junto ao Museu do Trem. 

Em 3 de julho de 2012, foram inauguradas mais duas estações: Rio dos Sinos, também em São Leopoldo, e Santo Afonso, em Novo Hamburgo. 


Em 10 de agosto de 2013 foi inaugurada a linha de aeromóvel entre a estação Aeroporto e o terminal de passageiros do Aeroporto Salgado Filho. Foto Isabele Rieger/JC

No dia 8 de maio de 2014, inicia a operação comercial de mais três estações no município Novo Hamburgo: Industrial/Tintas Killing, Fenac e Novo Hamburgo.

Em dezembro de 2018, o trem urbano contava com 43,8 km de extensão, 22 estações e frota operacional de 35 trens, sendo 25 antigos.



Foto Coleção Ivo Medeiros


Passageiros Transportados

2020        24.386.843
2021        25.300.000
2023        31.651.041

Passageiros/dia dos trens de subúrbio

1978        1.000
1979        1.300
1980        1.200


REFERÊNCIAS:

Informe Especial. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 18 setembro 1982. p.13.

Subúrbios do RS em 1º lugar. Transporte Moderno. Março 1980. p.6.

Trensurb inicia obras. Jornal dos Transportes. Ministério dos Transportes. Rio de Janeiro. Julho 1981

Trensurb transportou 25,3 milhões de passageiros em 2021. Jornal Repercussão. 21 janeiro 2021.

Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre não será mais privatizada. Brasil de Fato. 25 maio 2023.

Página lançada em 29 de março de 2019.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Insegurança e falta de estrutura: após quase 10 anos, Trensurb pede reajuste de 47% na passagem

26/07/2017 - Sul 21

A Trensurb​ quer aumentar o valor da passagem depois de uma década cobrando R$ 1,70 pela viagem. Após a realização de um estudo interno, o pedido de reajuste de 47% foi encaminhado, em maio, ao Ministério das Cidades. Se aprovado, a tarifa passaria para R$ 2,50. O Sul21 conversou com usuários que consideram o valor injustificável, tendo em vista a precarização dos serviço nos últimos anos e a falta de segurança nas estações.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

MetrôPOA desperdiçou mais de R$ 11 milhões em cinco anos

14/06/2017 - Jornal do Comércio

Aluguel do escritório custou aos cofres do município R$ 630 mil em cinco anos
Aluguel do escritório custou aos cofres do município R$ 630 mil em cinco anos MARCO QUINTANA/JC Deivison Ávila e Juliano Tatsch 

Na manhã do dia 14 de junho de 2012, o então prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, inaugurou com pompa o escritório no qual seriam centralizadas todas as ações administrativas referentes à implantação do metrô na Capital. 

O sonho de contar com um sistema de transporte subterrâneo sobre trilhos foi bastante acalentado pelo ex-prefeito. Cinco anos depois, esse sonho, além de não ter se tornado realidade, transformou-se em um rombo de mais de R$ 11 milhões aos cofres públicos municipais. O projeto do MetroPOA já nasceu polêmico. 

Um dos principais questionamentos era se o valor despendido para um trajeto limitado, de menos de 15 quilômetros, não poderia ser investido na implantação de uma ampla rede de BRT (Bus Rapid Transit) ou em outras obras tão úteis quanto para a população. 

Com o cenário de crise financeira vivido em todas as esferas de governo, o fim dos estudos, anunciado pelo atual prefeito, Nelson Marchezan Júnior, ainda durante a campanha eleitoral, se concretizou no início de fevereiro deste ano. No fim das contas, o metrô não saiu e os recursos bilionários não foram investidos. Isso não significa, entretanto, que o ambicioso sonho da gestão passada não tenha gerado gastos ao município.

Com diversas remodelagens econômicas, o valor final da obra estava em R$ 4,84 bilhões. Parte da quantia (R$ 1,30 bilhão) seria bancada pela iniciativa privada, algo que dependeria da manifestação de interesses por parte de empresários. Dos cofres municipais sairiam R$ 690 milhões. Cerca de R$ 1,77 bilhão viria da União, e mais R$ 1,08 bilhão seria bancado pelo governo do Estado. Com o encerramento do projeto MetrôPOA, o Jornal do Comércio consultou o Portal da Transparência do município (www2.portoalegre.rs.gov.br/transparencia), recebeu informações da prefeitura da Capital, via Lei de Acesso à Informação, além de um levantamento sobre quanto o Executivo municipal gastou e/ou deixou de investir com os valores investidos em projetos, pessoal e aluguel do escritório. Não foi pouca coisa. 

O escritório MetrôPOA, localizado na avenida Padre Cacique, área nobre da Capital, foi alugado ao custo de R$ 10.500,00 mensais. Até a desocupação do espaço, em fevereiro, somente com a locação, foram empregados R$ 630 mil. Valores gastos em telefonia, transporte, energia elétrica, água, internet e outros serviços não foram contabilizados. 

Em relação aos custos com pessoal, a prefeitura informou que não foram utilizados recursos extras, já que os profissionais destinados a trabalhar no projeto eram todos funcionários concursados da Secretária Municipal de Transportes (SMT) e da Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC). Entretanto, há de se pontuar que eles poderiam exercer suas funções em outros projetos, ou seja, a força de trabalho destinada ao MetrôPOA foi desperdiçada. 

Ao todo, no período de cinco anos, foram gastos R$ 1.153.000,00/ano, totalizando R$ 5.765.000,00 em salários. Outras quantias foram destinadas a projetos e consultorias para desenvolver a linha do metrô, que desafogaria o trânsito na zona Norte de Porto Alegre. Apenas com a companhia Metro de Madrid, que gere o sistema na capital espanhola, a prefeitura gastou R$ 3.305.668,50 em assessoria técnica e capacitação de recursos humanos. 

O município investiu outro R$ 1,1, milhão também em assessoria, no último ano de atividades (o Portal da Transparência não especifica para qual empresa este valor foi destinado). Anteriormente, em 2011, R$ 700 mil foram pagos à Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), para assessoria especializada no desenvolvimento de estudos de análise econômica e de viabilidade financeira, bem como a elaboração da modelagem jurídico-institucional para a viabilização da implantação e operação da primeira etapa do projeto. - Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/06/geral/567507-metropoa-desperdicou-mais-de-r-11-milhoes.html)

terça-feira, 30 de maio de 2017

Trensurb dá prazo para empresas apresentarem nova entrega dos trens fora de circulação

29/05/2017 -  Zero Hora

Os representantes do consórcio responsável pelos veículos foram convocados a apresentar uma solução até o fim desta semana

Por: Jocimar Farina

Trensurb dá prazo para empresas apresentarem nova entrega dos trens fora de circulação Félix Zucco/Agencia RBS
Foto: Félix Zucco / Agencia RBS

A Trensurb se reuniu no último dia 23 de maio com os presidentes das empresas Alstom e CAF para tratar do conserto dos novos trens. Os representantes do consórcio responsável pelos veículos foram convocados a apresentar uma solução até o fim desta semana. As informações são da Rádio Gaúcha.

Dos 15 novos trens, cinco seguem fora de circulação. As empresas deverão enviar oficialmente um novo prazo de forma a resolver definitivamente as pendências técnicas. A Trensurb, porém, não informou o que irá fazer se as empresas não derem uma resposta até sexta-feira (02). O Consórcio FrotaPoA, formado pelas empresas Alstom e CAF, disse em nota que "entregará essa semana o novo cronograma para entrega dos 5 trens."

O Ministério Público Federal (MPF) havia fixado o prazo de 20 de maio para a retomada de todos os novos veículos, o que acabou não ocorrendo. Em abril do ano passado, toda a nova frota foi retirada de operação após a identificação de que havia infiltração no rolamentos nos veículos que custaram R$ 242,6 milhões. 

Por causa de problemas identificados, no final de abril, nos veículos comprados em 2012, a Trensurb anunciou que multou em R$ 2,4 milhões as empresas Alstom e CAF. O valor é referente a 1% do valor total do contrato. Além da multa, a Trensurb iria cobrar do consórcio todo o valor gasto a mais com a utilização dos veículos antigos. Até janeiro, a Trensurb já acumulava R$ 700 mil em multas pelo gasto excessivo com energia.

Cada novo trem custou R$ 14,7 milhões. O contrato para fabricação dos novos veículos foi assinado em novembro de 2012. A vida útil mínima das composições deve ser de 30 anos

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Cinco dos 15 novos trens da Trensurb seguem sem data definida para voltar a operar

17/05/2017 - G1

A nova frota que deveria dar mais conforto aos usuários da Trensurb desde 2014 ainda é uma promessa. Dos 15 trens adquiridos por R$ 242 milhões há três anos, apenas 10 voltaram a funcionar após os problemas de descarrilamento e infiltrações em rolamentos logo no início das operações. Os outros cinco seguem parados.

O Ministério Público Federal (MPF) multou o fornecedor, o consórcio Alston, em R$ 4 milhões e determinou que a frota deveria entrar em funcionamento até o dia 20 de maio. De acordo com a Trensurb, porém, não será possível cumprir o prazo porque os cinco vagões novos continuam em manutenção.

A companhia também deve cobrar do consórcio responsável pela construção dos trens o valor gasto a mais com a permanência dos vagões velhos em operação. Segundo a Trensurb, além do prejuízo aos passageiros, os trens antigos exigem mais manutenção e consomem mais energia.

O procurador do MPF Celso Antônio Três diz que vai se reunir nesta semana com dirigentes da Trensurb e deve definir uma nova sanção contra o consórcio da Alston caso um novo prazo não seja cumprido.

A RBS TV entrou em contato com a Alstom, mas a empresa não respondeu aos questionamentos da reportagem.