terça-feira, 17 de setembro de 2013

‘Incerteza sobre o futuro do metrô de Porto Alegre’

17/09/2013 - Zero Hora - Porto Alegre

Coluna Rosane de Oliveira

A entrevista da presidente Dilma Rousseff não deixou dúvida: o governo federal não tem como liberar a fundo perdido mais R$ 2,3 bilhões pedidos pelo prefeito José Fortunati para o metrô. Como a prefeitura alega que sua capacidade de contrair empréstimos é limitada, o futuro da obra se tornou uma incógnita, Dilma prometeu uma resposta do governo federal até a metade de outubro. Disse que a tendência é aceitar a proposta do município, mas que não há hipótese de liberar todo o valor a fundo perdido.

– A vida é dura para todo mundo – disse.

Dilma lembrou que o trajeto proposto é menor do que o previsto inicialmente e, o valor, mais elevado. Na proposta original, o metrô iria do Centro até a Fiergs e custaria R$ 2,4 bilhões. Na remodelada, vai apenas até o Triângulo da Assis Brasil, e custaria o dobro.

Fortunati disse que não se surpreendeu com a afirmação da presidente. Ele já tinha ouvido a mesma coisa da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, na semana passada, em Brasília, mas não perdeu a esperança.

– Queremos o metrô, mas nossa capacidade de endividamento é limitada. Não vou comprometer as próximas administrações.

Fortunati tem pressa na resposta do governo, seja positiva ou negativa, porque a incerteza gera desgaste e impede o planejamento. A licitação do transporte coletivo, por exemplo, está sendo pensada com o metrô, mas, sem ele, o modelo será diferente.

Se o Planalto concordar com a modelagem proposta pela prefeitura, será lançada uma nova Proposta de Manifestação de Interesse. Na primeira, o preço proposto pela Odebrecht foi de R$ 9,5 bilhões, mas a prefeitura considerou o projeto muito sofisticado e anulou a licitação.

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