quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Entrega da proposta para o metrô de Porto Alegre é adiada para dezembro

04/09/2014 - Correio do Povo - Porto Alegre

Inicialmente prevista para setembro, a consolidação da Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) para a construção do metrô de Porto Alegre deverá ser adiada até dezembro. O atraso, porém, não altera o cronograma de execução da obra. A prefeitura garante que a inauguração da primeira linha ocorrerá no segundo semestre de 2019. "Tínhamos a previsão de identificar um vencedor das propostas em setembro, só que as quatro apresentadas são muito boas", explicou o gerente do MetrôPoa, Luís Cláudio Ribeiro.

Uma série de questionamentos foram enviados às quatro empresas que manifestaram interesse, em abril, na confecção do projeto. "Queremos avaliar melhor os riscos. Qualquer estudo a mais que estamos fazendo agora garantirá uma maior eficiência na execução do projeto", diz Ribeiro. A previsão de abertura do edital de licitação para a obra foi mantida. A expectativa era publicar documento no primeiro semestre do próximo ano. O que mudou foi o mês. Antes, a intenção era finalizar até março. Agora, o cronograma trabalha com o mês de junho. "O impacto disso em uma obra de quatro anos é mínimo. Esses estudos darão mais eficiência à obra e talvez até façam com que ela ocorra em menos tempo", assegura Ribeiro.

A prefeitura teme que um embargo semelhante ao que ocorreu em Curitiba aconteça na Capital. Em agosto, o Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) suspendeu o andamento da licitação da obra por irregularidades. O órgão cobrou detalhamentos que não constavam no edital, cuja abertura estava prevista para o dia 25 do mês passado. A cautelar foi emitida no dia 22. "O que questionam em Curitiba é que o processo avançou rápido demais, sem estudos preliminares. Estamos trabalhando para que isso não ocorra aqui", informou Ribeiro.

Na semana passada, o Ministério das Cidades, ao questionar a Prefeitura de Porto Alegre quanto ao andamento do projeto, foi informado sobre a mudança no cronograma. O prefeito José Fortunati, em declaração no último sábado, afirmou que é "mais seguro" atrasar os trabalhos agora do que "fazer o projeto a toque de caixa e ter problemas como Curitiba".

Cenário eleitoral não preocupa para obra

A prefeitura não teme perder a previsão de recursos oriundos do poder público para a execução da obra, mesmo que os atuais presidente e governador não sejam reeleitos. A obra está orçada em R$ 4,8 bilhões, sendo R$ 1,77 bilhão do governo federal a fundo perdido e R$ 1,08 bilhão do governo do Estado. A prefeitura investirá R$ 690 milhões e a empresa vencedora da licitação para a construção do metrô, R$ 1,3 bilhão. O Paço Municipal arcará ainda com uma contra-prestação anual de R$ 20 milhões por 25 anos.

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