quarta-feira, 17 de abril de 2013

Prefeitura rejeita propostas e abre processo para metrô de Porto Alegre


17/04/2013 - G1

Projetos de duas empresas foram rejeitados nesta segunda-feira (15). Modelo apresentado não interessa e encarece as obras do metrô.

A Prefeitura de Porto Alegre rejeitou nesta segunda-feira (15) duas propostas para a construção do metrô da capital, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço (veja o vídeo ao lado). Uma delas não atendia os requisitos do edital e a outra, apesar de atender as exigências, elevou o custo da obra para R$ 9,5 bilhões. Com isso, a Prefeitura abrirá nova Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) nos próximos dias e aguardará futuros projetos, o que deve atrasar ainda mais o início das obras, previsto para acontecer entre julho e setembro deste ano.

As duas empresas indicaram o modelo shield para a construção do metrô, que tem menor impacto no trânsito e consiste na perfuração de um buraco abaixo da linha do solo, sem interferência na superfície. Porém, a prefeitura avalia que o shield, conhecido como “tatuzão”, encareceria a obra e quer a execução de outro modelo: o cut and cover (cortar e cobrir).

Apesar do modelo pretendido pela prefeitura causar mais impacto no trânsito da cidade, a expectativa é de que as estações do metrô sejam menores e o custo da obra fique próximo do esperado. Em 2010, o valor estipulado para a construção do metro era de R$ 2,4 bilhões. Agora, no entanto, os gastos já estão estimados em R$ 3 bilhões.

“Fica insustentável em termos de engenharia financeira e por isso optamos por uma nova PMI buscando outro modelo construtivo para que tenhamos um valor acessível para a prefeitura, governo do estado e União”, explica o secretário municipal de Gestão, Urbano Schmitt. “Já temos estudos feitos, já tem uma garantia. Tudo está pronto. O que falta para nós é o modelo construtivo. Por isso, entendemos que mais empresas participarão desse processo. O processo é igual, a forma de construir é que custa muito mais caro”, afirma.

O metrô de Porto Alegre vai ligar a Zona Norte ao Centro da cidade e deve beneficiar cerca de 316 mil passageiros por dia a partir de 2017. A expectativa é de que o trajeto seja de 15 km, passando por 13 estações.

Na última sexta-feira (12), a presidente Dilma Rousseff criticou a demora no andamento do projeto. Em cerimônia no Auditório Araújo Vianna, a presidente disse ao prefeito José Fortunati que considera importante o projeto dos BRTs (ônibus de trânsito rápido), mas que acredita ainda mais no projeto do metrô, feito em parceria com o governo federal.

Fonte: Do G1 RS

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