sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Licitação do metrô do RS deve ser lançada em 2014

17/10/2013 - Jornal do Comércio - RS

No sábado passado, a presidente Dilma Rousseff anunciou, na Capital, a complementação da verba para tirar o projeto do papel.

Uma nova Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) para a construção do metrô de Porto Alegre foi assinada ontem pelo prefeito José Fortunati e pelo governador Tarso Genro, estabelecendo prazo de 30 dias para credenciamento e outros 90 dias para que empresas interessadas apresentem estudos sobre o desenvolvimento da obra, a infraestrutura e a operação do serviço. Com isso, a expectativa é de que o edital de licitação da obra saia no primeiro semestre de 2014.

O traçado da rede estrutural foi atualizado, prevendo que a última estação da linha 1, que liga o Centro Histórico à zona Norte, seja erguida no terminal Triângulo, da Assis Brasil. O mesmo projeto sinaliza outras duas etapas de construção da linha 2, cujo trajeto inicial segue pela avenida Borges de Medeiros rumo à zona Sul, seguindo pelas avenidas Erico Verissimo e Azenha. Dali, futuramente o percurso se estenderá até a zona Leste, pela avenida Bento Gonçalves, passando em frente à Pucrs, culminando na avenida Antônio de Carvalho.

"Seremos rigorosos nesta etapa, a fim de garantir que somente consórcios que sejam capazes de bancar uma obra desta dimensão participem, evitando futuros ajustes nos prazos e nos valores do projeto", frisou o secretário estadual de Planejamento, João Motta. A ideia é fazer uma avaliação técnica prévia das condições estruturais de cada uma para que somente depois as enquadradas como aptas apresentem estudos geológicos, de engenharia e de impacto ambiental, entre outros. Esta fase irá consumir outros três meses, sendo finalizada com a seleção da melhor proposta, que servirá de base para o edital de licitação do novo sistema de transporte. Conforme Fortunati, a prefeitura realizará essa etapa antes da licitação, visando a garantir "transparência, sustentação técnica, segurança e otimização dos recursos públicos".

No sábado passado, a presidente Dilma Rousseff anunciou, na Capital, a complementação da verba para tirar o projeto do papel. No projeto atualizado, o valor repassado pelo governo federal será de R$ 1,770 bilhão a fundo perdido, enquanto o investimento da prefeitura totalizará R$ 1,385 bilhão, sendo R$ 690 milhões em financiamento para a execução da obra, R$ 195 milhões para as desapropriações e R$ 500 milhões em 25 parcelas de R$ 20 milhões como contraprestação do serviço durante a operação. Já o governo do Estado fará aporte de R$ 1,080 bilhão em financiamento, enquanto o parceiro privado participará com R$ 1,303 bilhão.

Fortunati declarou que "tem convicção de que irão aparecer interessados" em bancar este preço, embasado em contatos feitos com empresas nacionais e internacionais durante o período que se sucedeu à rejeição das propostas da primeira PMI. O prefeito sinalizou que o consórcio Invepar/Odebrecht, que ultrapassou o valor disponível na primeira PMI, pode reapresentar proposta adequada ao orçamento aprovado, de R$ 4,8 bilhões. "Mas, neste caso, será necessário um novo projeto, com outro estudo técnico, readequando as estações e o ramal de 1,4 quilômetro que não estavam previstos na PMI anterior", ponderou.

Fonte: Jornal do Comércio - RS 

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